Detesto discutir. Mas quando se trata de pessoas de quem gosto, ainda pior. Nunca me faço entender, nunca digo as coisas certas. Parece que há sempre uma impossibilidade de voltar a pôr as coisas direitas, de pôr o sofá onde estava, levantar o candeeiro do chão. Desde a primeira palavra dita.
Queira-se ou não, o vidro vai continuar sempre partido, mesmo que alguém o arranje; o telemóvel com o ecrã estragado, mesmo que se compre um novo.
E depois, quando se arranjar também uma nova cara, um novo sorriso, um novo abraço, cedo se perceberá que 6 meses nunca serão suficientes para passar por cima das coisas que deitámos ao chão.