Ela olha, envergonhada, pelas frinchas do portão.
Mas só por um bocadinho.
Depois, com o narizinho no ar e trejeitos de senhora,
bamboleia-se na entrada do pátio,
para a frente e para trás.
Baton que escapa dos lábios,
pulseiras que fogem dos braços estreitos
e os sapatos.
Roubados à sucapa do armário da mãe,
grandes o suficiente para caberem mais 3 pezinhos iguais aos dela.

É uma menina com vontade de ser mulher.

E eu a sonhar em voltar a ser menina.