Não há coincidências?
"(...)
Si todos los ríos son dulces
de dónde saca sal el mar?
Cómo saben las estaciones
que deben cambiar de camisa?
Por qué tan lentas en invierno
y tan palpitantes después?
Y cómo saben las raíces
que deben subir a la luz?
Y luego saludar al aire
con tantas flores y colores?
Siempre es la misma primavera
la que repite su papel? "
Libro de las preguntas, Pablo Neruda
(Obrigada, André.)
A tua história
No dia 11 de Setembro não falei dos milhares de torturados e mortos por Pinochet nem nos milhares que morreram em Nova Iorque. Não o fiz não só porque a blogosfera já estava cheia de referências em memória dessas pessoas, mas também porque não distingo mortos inocentes. Nem dos da direita, nem dos da esquerda. Sei bem o que querem dizer as pessoas que me falam disto. Querem saber se, como muitos, dou menos valor aos que foram mortos pela mão de Pinochet, por ser de direita. Puro veneno.
Não sei ao certo quantas pessoas foram mortas por Pinochet, mas sei que foram muitas. Como as que foram torturadas por Hussein, por Khadafi ou por tantos outros ditadores que todos os dias exercem o seu poder desta forma.
Para mim, esses mortos não valem menos do que os americanos por serem menos mediáticos, por não serem "mortos do mundo, como os americanos". Se o meu pai tivesse morrido no WTC, não ia sentir menos ou doer menos porque todo o mundo partilhava a minha dor ou o lembrava. Se tivesse sido morto pelo Pinochet, não me importava nada que uma data de gente não se lembrasse dele.
A dor, o luto, é uma coisa íntima, pessoal. Não me interessa nada a mediatização e, acredito, não interessa a nenhuma daquelas famílias. Nem às dos americanos, nem à de Allende. Mediatização não significa que se deu o devido valor. À perda dos outros nunca se dá o devido valor.
E não foi o 11 de Setembro em si que mudou o mundo. Foi a percepção da insegurança, a consciência de que, a qualquer momento, em qualquer lugar, podemos perder pessoas que nos são próximas, que nos fazem falta. Muitos de nós, provavelmente, precisávamos disso para dar valor às outras perdas, aquelas de que se não fala, aquelas que não fazem capas dos jornais. Não de um modo assumido, mediático, aos berros no meio da rua. Mas para nós. Para percebermos como o mundo é. Só por isso.
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Pourtant quelqu'un m'a dit...
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors?"
(Quelqu'un m'a dit, Carla Bruni)
Fernando
Ando eu a gastar horas e horas a explicar por que é que Deus existe e as provas estão tão à vista.
Um post que não é bem um post
I Encontro Nacional de Weblogs
Eis o programa final do I Encontro Nacional de Weblogs, agendado para os próximos dias 18 e 19.
Dia 18 de Setembro
17.30 h Abertura do secretariado e recepção dos participantes
18.00 h Abertura e sessão de boas-vindas
18.15 h Intervenções:
*Panorama da blogosfera em Portugal, por António Granado (Ponto Media)
*Panorama espanhol e europeu da blogosfera, por Jose Luis Orihuela (e-Cuaderno).
19.45 h Suspensão dos trabalhos
Dia 19 de Setembro
09.30 h 1º Painel - Weblogs, cidadania e participação
*Abrupto
*Blog de Esquerda
*Socioblogue
11.00 h Intervalo
11.30 h 2º Painel - Weblogs, ensino, aprendizagem e investigação
*Aula de Jornalismo
*Gente Jovem
*JornalismoPortoNet
*Teorias da Comunicação
13.00 h Intervalo para almoço
14.30 h 3º Painel - Weblogs, jornalismo e comunicação
*Contrafactos e Argumentos
*Íntima Fracção
*Jornalismo Digital
16.30h Intervalo
16.45 h Sessão final: Weblogs e sociedade - Horizontes da blogosfera
*Todos os participantes
18.00 h Encerramento dos trabalhos.
Mais informações e inscrições aqui.
" (...) estas análises acabam por afirmar que o que pareciam, à primeira vista, propriedades relativamente estáticas e estáveis da gramática das frases, são realmente produtos secundários emergentes e dinâmicos dos processos através dos quais as pessoas organizam informação e a transferem de umas para as outras. Algumas delas desafiam a noção de que as frases são formas linguísticas independentes. Mas se as frases não têm existência fora do discurso, se são criadas por ele, é difícil conceber e definir o discurso como algo maior do que aquilo que cria - as frases."
... eu estou quase a desistir.