A todos, obrigada.
" A noite aos pedaços
Caqui:
- a luta por uma cadeira
- as conversas desencontradas
- os italianos [deixem-me que acrescente "O italiano"...]
- o homem de camisa vermelha
- o telemóvel laranja
- os "stresses" do menino por causa do telemóvel laranja
- o senhor barrigudo que limpava energicamente a mesa
- o copo que ficava sempre cheio demais
O problema: os pedaços de fruta (a sangria é um pormenor sem importância).
B.A:
- a habitual confusão
- as gargalhadas, os abraços e beijinhos
- o bilhetinho romântico
- o Serafim Saudade
- a dança pimba e as voltinhas intermináveis
- a saudade fora de época
- ele que quase se desfez a dançar
- a parede que não fugia
- o chão que ondulava
- o jogo “do meio”
- a ausência da R. que preferiu os cobertores
- a gaja feia do balcão (palavras dele)
- as tentativas frustradas de levantar a L.
O problema: os cubos gelo (a amêndoa amarga, os finos e o safari são pormenores sem importância).
Padaria:
- a mudança (o chão deixou de ter azulejos e passou a ser de cimento)
- os bolos com creme, sem creme, com chocolate ou com amêndoa
- a barriga dele que está a ficar enorme (ou não)
- o aspirador vs tomada
- as tentativas frustradas de piões do menino
- a paisagem bonita (ou não) [muito bonita, sim senhor! insensíveis...]
- o carro dela na berma
- o estômago às voltas
- ele, ela e ela que se perderam no regresso [nós?!? que eu saiba, vocês é que chegaram meia hora depois ao destino...]
O problema: o papel que o embrulhava (o bolo, glória, ressequido com quilos de açúcar em cima do álcool é um pormenor sem importância).
Bom Jesus:
- o carregamento do telemóvel com espectadores
- a típica mensagem para a mesma pessoa de sempre
- as curvas apertadas e escuras
- o bogas dela que ia ficando pelo caminho [calúnia... maldade...]
- Braga de madrugada, uma vista privilegiada
- o lago com água para beber (ou não)
- as chaves do carro que estavam no banco (ou não) [debaixo do rabo de alguém...]
O problema: a ausência de café com leite (o frio é um pormenor sem importância).
Casa:
- as fotos do(s) quarto(s)
- aquilo que ele tirou da parece e não era suposto sair de lá
- a nossa “coisa” que roda, parecida à que apareceu na tv
- o capuccino, a água na panela, o açúcar, o chá no pacote [o nestlé crescimento na mármore...]
- o jogo de cartas que nunca foi jogado
- as bolachas que ninguém comeu
- os sorrisos, os risinhos, as gargalhadas
- as conversas sem sentido
- as conversas com o sentido alterado
- o sofá que fugia sempre
- as televendas
- a carpete para ele, ele, ela e ela dormirem [eu cá dormi na caminha... e, quando acordei de manhã, não estava ninguém na carpete...]
O problema: o açúcar (o leite Nestlé crescimento com sabor a mel misturado com capuccino é um pormenor sem importância).
Para: ela, ela, ele, ele, ela, para a L., a S. e a Brina um grande xi, foi lindo!
Para a R. : faltaste lá tu. " [R., para a próxima vais pelas orelhas, nem que leves "o sol" atrás!]
- Não se preocupe que isso não é para já...
- Pois, mas recebi um email da Unimoli a pedir esse formulário até dia 3 de Dezembro. De outra forma, não terei direito a alojamento.
- Ah... mas nós só passamos esse papel a partir de Janeiro!
- Mas eu preciso mesmo de ele hoje, senão lá se vai o apartamento!
- Pois é, pois é... mas nós só passamos issso a partir de Janeiro..."
Estarei já a falar em italiano?
Mesmo com um torcicolo por ter adormecido no puff e a cair de sono por só ter dormido 3 horas, mais do que qualquer analgésico, antibiótico ou três meses de cama, rir convosco regenera-me por dentro. Obrigada!
- 'Tou...?
- Sara? Então, tudo bem? Olha, grande notícia aquela no Público de ante-ontem! Não sabia que estavas lá...
- Pois... E não estou!
- Não?!
Take two
Enviada: 17.11.2003, às 11.30h; Remetente: X.
"Olá, menina! Por acaso foste tu que fizeste a reportagem no destaque de hoje no aeiou? Estás em grande... Parabéns!"
Resposta: 17.11.2003 às 12.03
"Pois é, pois é... a reportagem é boa, mas não é minha... deixa lá, quem sabe um dia!"
Take three
- 'Tou...
- Olha que tu não tens emenda...!
- Eu?!? O que é que eu fiz?
- Então agora escreves na Caras e nem dizes às amigas? Conta lá, quem é que já conheceste?
- Não, Y., não sou eu...
- Vá, eu sei que és tu... tem mesmo a tua cara!
- Desculpa...?
Isto de haver 300 Saras Oliveiras a escrever em Portugal tem de acabar.
Gosto de recordações que me façam rir. Delas, dos outros, de mim. Esta manhã, mil e uma coisas me fizeram pensar em Moçambique, nos dois meses passados numa terra que nos entra pelos sentidos dentro. Se calhar porque por cá brilha um sol bem quente, se calhar porque antes de sair da casa olhei para a foto da carinha mais tímida e doce que conheci, se calhar porque todos aqueles momentos vivem comigo todos os dias. Mesmo os que muitos ouvem com horror e que recordo com um sorriso.
Lembei-me da manhã em que não reconheci o meu pai ao telefone, no dia em que quase caí a um lago cheio de crocodilos, da casa de banho (?) em que encontrei duas iguanas do tamanho do meu antebraço em cima da sanita, da noite em que os 15 kms de regresso a 'casa' foram feitos a pé, no escuro, bem no meio do mato. Mas lembrei-me sobretudo do trato gentil, da humildade, dos sorrisos sinceros, das gargalhadas, muitas, das cores, dos sons, dos cheiros. Hoje, mais do que em qualquer outra altura, percebi que tenho de voltar.
O meu primeiro beijo
Como um bom mano, é cheio de surpresas. Boas surpresas. A última vem em forma de blog.
Como qualquer pessoa que espera o primeiro beijo, o blog do Felipe pretende ser inconstante, inquieto, perguntador. Pelo menos enquanto tiver dúvidas, enquanto houver perguntas sem resposta.
O meu primeiro beijo, num click bem perto de si.
Sinais
A quem perceba de sinais estranhos... isto quererá dizer alguma coisa? (além da conclusão óbvia de que devo mudar de carro com urgência...)
Há aí um senhor à procura de problemas. Chegou à blogosfera, de mansinho, como quem não quer a coisa, e já começou a escrever.
Já estou a ver a cena: lá em casa, começou a perguntar à filha mais nova o que era aquilo com que ela perdia tanto tempo, de que falavam tanto na televisão, que até havia um senhor que mentia muito e como se fazia. Depois foi tomando notas, apontado ideias, arquitectando planos. E pronto, cá está ele, com um blog voltado para o espírito, para tudo o que tem a ver com Deus, por ser Dele que depende todos os dias.
Do Lado de Lá é o blog desse senhor, que se cola assim, em nome, a este blog de sucesso. As expectativas são muitas, rufam os tambores. Bem vindo, pai.
Yeah, right...
Nós
Assédio (ainda)
Isto sim...
Não há grandes dúvidas: é para isto que servem as amigas.
Estou curioso
Dias importantes
Os dias importantes são, muitas vezes, os piores. Mesmo que sejam bons. Não sabemos o que dizer, não ouvimos o que nos dizem, nem queremos saber. Só pensamos no importante do dia. Prendemos o olhar no vazio, suspiramos a torto e a direito, roemos as unhas e os dedos, os nossos e os dos outros. Não interessa se depois os vamos guardar, se nos marcam, se nos mudam, se nos deixam tristes ou nos levam ao céu. São dias em que praticamente não existimos.
Amanhã é um dia importante.
12 perguntas
[Já sei que, depois deste post, o mais 'falador' destes senhores vai brincar comigo por causa do umbiguismo deste blog, mas vale a pena arriscar!]
Fim de semana
[Esqueci-me da Escola Superior de Educação e do arraial no Politécnico de Lisboa. Volta e meia temos dessas coisas por cá, mas, como aquele, acho difícil que repita!]