O passado
Concordo, mas apenas em parte. No passado bom, aquele que nos faz sorrir quando olhamos para trás, aquele que volta e meia nos põe a mão no ombro para nos lembrar que o caminho é feito para a frente, com os pés apoiados no que fizemos ontem, devemos sempre mexer.
Para o outro, o que não nos agrada, o que nos envergonha, o que nos fez crescer da pior maneira, devemos olhar com respeito. Nós também fomos aquilo um dia e, hoje, somos o que também esse passado construíu.
Ceia de Natal entre amigas - Parte VII: o B.A.
- Como?! Nós estamos aqui desde antes das três.
- Desculpem lá, mas depois das três ninguém entra.
- Caramba, somos só nós e também já estavamos aqui à espera!
- Há quatro anos que aqui andamos e nunca foi assim.
- Desculpem lá, mas depois das três ninguém entra.
bbbrrrrrrr...
Ceia de Natal entre amigas - parte V: ainda a comezaina (3 pacotes de massa...)
- Mas eles não têm filhos!
(era o José Carlos Araújo e a outra loira, que ninguém conhece...)
- Olha! O Sérgio e a Verónica!
(Júlio Magalhães e Rita Seguro)
- Hey... xau, olha aquele tone da telenovela...
(José Carlos Qualquer-Coisa e Maria de Lurdes Bayeta - TVI Jornal)
Ceia de Natal entre amigas - Parte I: as compras
- Leva isto.
- Isso não é muito caro?
- Não, achas? É a dividir por sete! Leva...
- Sim, leva, ninguém há-de morrer, é Natal. Além disso, estou cheia de fome.
- Achas que três pacotes de massa chegam?
(as outras duas entreolham-se com estupefacção)
- Depende, se quiseres convidar os vizinhos do prédio inteiro, não...
(mais tarde, muito mais tarde, na caixa)
- Ora: miolo de camarão, delicias do mar, natas, massa, ice tea, limas, cachaça, acúçar amarelo e uma garrafa de Monsaraz. Ora são $#% euros.
- Como?! Quem é que paga?
- Oh pá, eu só tenho 10 euros!
- E eu 5!
- Eu tenho outros 10...
- Olhe, levamos a cachaça, as limas, o açúcar amarelo e o Monsaraz. O resto pode ficar.
Quando for grande, quero escrever assim
"Vontade de ti. E de lugares, restaurantes, cafés, bares, esplanadas à beira rio. E conversas, sobre tudo, das exposições por ver, aos acontecimentos do dia. As aspirações secretas. Os despertares conjuntos. O abraço ao fim do dia. Vontade de ti toda. E do Mundo todo contigo."
Carlos da Maia
Take it from me, não percam este rapaz de vista.
Mais uma crónica para provar que este senhor sabe mesmo daquilo que ensina - escrever. [escuso-me a apontar nomes ou afins, senão fico já aí com uma data de gente à perna a acusar-me de uma coisa que, felizmente, não me tolda a consciência e que, tenho a certeza, não importa nada à pessoa em questão - graxa]
Reconheço-lhe a capa, procuro o nome com os olhos semi-cerrados e percebo, como o som de dezenas de campaínhas, feitas memória à minha porta. Aquela míuda, fanzina, sem formas e a lutar para abandonar uma adolescência que a vai acompanhar ainda por algum tempo, lê Pedro Paixão. O mesmo que eu lia quando a minha cara podia ser a dela.
Lê-o assim, de um trago só, na mania das bebidas rápidas dos adolescentes de hoje. O Pedro, o Paixão, deixa-a embriagar-se sem sentir o sabor. Sabe que, como eu, também ela um dia destes vai detestar que ele lhe fale ao ouvido, procurando escondê-lo na gaveta mais cheia de tralha e que, tempos depois, vai saber procurá-lo e bebê-lo como um bom vinho.
Simples...? Eu queria ver-vos fazer o mesmo!
Eu bem vos disse...
Hoje, no Jornalismo e Comunicação:
"A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) acaba de divulgar os resultados das classificações dos centros de investigação portugueses em Ciências da Comunicação e que são os seguintes:
- Universidade de Aveiro: Fair
- Universidade da Beira Interior: Good
- Universidade Lusófona: Fair
- Universidade do Minho: Very Good
- Universidade Nova de Lisboa: Good.
Há ainda outros centros que foram avaliados pelo mesmo painel, mas cujas classificações não foi possível apurar. O painel de avaliadores foi constituído pelos investigadores Peter Golding, Cees Hamelink e Els de Bens
A FCT utiliza uma escala que compreende, por ordem decrescente, os seguintes escalões: Excellent, Very Good, Good, Fair e Poor."
Eu devo ter grandes amigos no Quizilla...
"Pulp Fiction"! Inovador, imaginativo, inteligente. Dá gosto conhecer-te!
Se fosses um filme, que filme serias?
brought to you by Quizilla
Cedi à febre dos testes Quizilla...
"Mulholand Drive", primeiro estranham-te, depois ninguem pode passar sem ti! Um misterio que vale a pena descobrir.
Se fosses um filme, que filme serias?
brought to you by Quizilla
Tudo isto, apesar de obviamente assustador, não tem a mínima importância quando comparado com a visita de alguém vindo do Ministério da Saúde. Amigos, que fique claro: aqui não se resolvem listas de espera, nem se fazem curativos. Quem vem ao lado de cá leva ferida pela certa.
Para ti
Do lado de cá, ouve-se repetidamente e dedica-se assim: Berto, esta é para ti.
Verdade, o que é?
Pelo contrário, amigo Paradoxo. A Verdade é tudo menos morte. Nem na totalidade, nem em parte, por mais pequena que seja. Principalmente se a comparas com Jesus, ele que se afirmou "Verdade". É por Ele que a Verdade é toda ela Vida. Como Ele próprio o é.
Felicidade, o que é?
Sou feliz. Muito. Mesmo que às vezes me sinta cansada demais para sorrir, mesmo que às vezes me dê vontade de dar um murro na mesa, mesmo que às vezes chore sem saber bem porquê (às vezes a puberdade ainda me ataca...). A felicidade não tem nada de subjectivo. Ou é, ou não é. E, pelo que vejo por aí, para a maior parte das pessoas não é. Mesmo as que riem muito. Principalmente essas.
Volta!! VOLTA!!!
"O dia da "lavagem" é o único dia excitante na vida da roupa. Pensem nisso: a máquina de lavar roupa é a discoteca das roupas. É escuro, há bolhinhas, está tudo a dançar de um lado para o outro... uma camisa agarra a roupa interior: "Vamos querida, junta-te a mim!". Abres a porta da máquina e elas fingem-se quietas. As meias são o mais impressionante artigo de roupa. Odeiam as suas vidas, estão fechadas em sapatos com pés mal-cheirosos, enfiadas em gavetas aborrecidas... a máquina de lavar roupa é a sua única chance de fuga e elas sabem-no. E elas sabem como se escapar. Planeiam tudo no tambor da máquina, na noite anterior: "Amanhã, máquina de lavar, eu vou sair daqui...vocês ficam cá!". Quando abres a porta, ela encosta-se à parede da máquina. Esperam que vocês não a vejam e depois foge descendo a rua. Cosem botões às caras e juntam-se a espectáculos de marionetes..."
Mas será que ninguém percebe que este senhor faz falta na televisão portuguesa? Eu quero ficar mais madrugadas acordado à espera de ver o Seinfeld...